Nas trevas, nessas noites nebulosas

Nas trevas, nessas noites nebulosas

Esparramei meu ser entre as desgraças

Tão intimo do pó e da fumaça

De todas as paisagens horrorosas

Tudo que é transitório, se estilhaça

Forjando mil angustias dolorosas

Me uni ao vazio das noites tenebrosas

Desligando-me de uma vez daquilo que passa

Vagueio tal um tumulo encarnado

Não mais sob os flagelos do passado

Tomado por perene letargia

No avesso ao suplicio da claridade

Que apunhalava a minha alma com a saudade

Eu prefiro a paz dessas câmaras sombrias

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 16/06/2019
Reeditado em 16/06/2019
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