Nas trevas, nessas noites nebulosas
Nas trevas, nessas noites nebulosas
Esparramei meu ser entre as desgraças
Tão intimo do pó e da fumaça
De todas as paisagens horrorosas
Tudo que é transitório, se estilhaça
Forjando mil angustias dolorosas
Me uni ao vazio das noites tenebrosas
Desligando-me de uma vez daquilo que passa
Vagueio tal um tumulo encarnado
Não mais sob os flagelos do passado
Tomado por perene letargia
No avesso ao suplicio da claridade
Que apunhalava a minha alma com a saudade
Eu prefiro a paz dessas câmaras sombrias