SONETO 132

Talvez eu não entenda o amor, mas o medo de vive-lo em mim costuma-se,

Com uma barreira longa de névoas obscuras possa isto ser minha excentricidade,

Como uma noite de alguma dúvida sem luz e de incertezas do amanhã eu busco o meu caráter,

E se uma vida é difícil de carregar no lombo de uma desventura ou queira mesmo em mim ser tolice, sou confessa e nublada existência.

Pois, nascemos loucos pelo ar e o leite e mesmo assim a fome só aumenta nesse louco e desfavorável festival,

Numa dança funesta sou um lobo pobre e cego em uma floresta de um precário território nacional,

Com o tempo os sonhos serão possíveis e nisso tudo o amor é algo sozinho em mim individual,

O tempo nos mostra nossas verdades ocultas buscando todos achar uma ignorante analogia.

Como uma história sem música assim me passa grande temporal de respostas e sei que sou apenas uma vagante pessoa nas pessoas,

E com uma vida cheia de encantos e sintonia de si vou procurando minhas próprias e coletivas questões,

Pois, sou uma poesia simplória em um corpo feio e dantesco de formosura por unicamente ser eu, e sendo, sou, especificamente,

Com o tempo a chuva cai, e caindo todos se molham, e molhando-se, os mesmos da chuva fazem -se um só com o Inferno da vida com isto todos socorrem sua natureza.

O ocaso é crucial como o voo da pomba nas igrejas, mas o amor se perde com muitas ilusões e feiuras próprias dos animais que somos e nisto algo de sagrado nos chamou,

Dentre o bom caminhar e o mau caminhar dos sentimentos somos os próprios erros desta soberba amada, mas tantas palavras com o silêncio nos acusavam,

Porque o medo anda nos acompanhando diante dos dias em meros estereótipos,

E não posso esquecer que mesmo uma vida em toda a sua transa louca à todos puxa com arreios um mundo de beijos falsos.

O que é certeza não existe mais, somente sobrou o monstruoso além,

Sou chama atemporal no poço do esquecer fantástico, e numa cínica palavra o meu amor diz: Tudo pode? Ou todos podem...

Como sensação onírica e viril a paixão ao meu prazer à minha'alma uma certeza de mel com este coração os sonhos me davam.

Sei que mesmo caminhando em senda de espinhos qualquer sombra do tempo o mesmo amor é uma honestidade,

E com flores na boca vou cantando minha morte pouco à pouco com mentirosas verdades,

Pois, o fogo do coração é lume breve em uma estrada de cascalhos sem um pouco de carinho ou findo respeito.

Com minha poesia ou com esse amor fantasma busco um trilho à galope e simplificado,

Esses meus devaneios são o que sou ou o que ensaio no teatro da vida numa loucura que me mostra a realidade única dos críticos,

Pois, como uma sedenta busca por um ar e doce descansar vou me deixando ser ilusório mito.

Você compreenderá a verdade nos olhos e descobrirá os sinais dos vivos sentimentos,

Seja no próprio eu, seja na alma que padece uma jornada longa o amor poderá ser somente em Istambul,

Com uma lenda as estórias voam numa sintonia ímpar em um ser necessário.

Pois, como o farol da luz insondável com muitos pecados e desejos todo o meu ciúme do cotidiano tão rápido fica cada vez mais me provocando os obsoletos,

Quanto em mim se faz um terremoto formando com o solo a beleza minha e tão notória nos outros nesse silêncio,

Com chamas queimando meu jardim quero ser a flor mais ao pó do ego revelador.

Criemos um mundo, com cores de todas as cores proibidas, e no pincelar de trevas no paraíso vamos ofuscar a beleza das estrelas correndo o risco de nosso fim ser à elas uma memória cheia de tristes semelhanças,

O tempo é uma entrega e essa entrega é o que somos de circunstancial ao pouco e necessário considerável,

Vamos viver essas verdades enquanto as nuvens não se tornam negras e inefável surpresa,

Com tantas palavras de uma questão de si mesmo, sentindo brincadeiras serem alvo do destino com ou sem amor, me percebo nu numa praça filosofando com Deus em hora noturna de Barcelona.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 12/06/2019
Reeditado em 13/06/2019
Código do texto: T6671602
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