CONTANDO ESTRELAS - soneto

CONTANDO ESTRELAS

Lílian Maial

Talvez encontre um brilho diferente

Na noite, um cometa de relance.

Quem sabe não seria a minha chance

Seguir com esse rastro permanente?

Um flerte co'uma estrela assim cadente,

De rosas e fragrâncias conhecidas,

Seria um beija-flor em margaridas,

Colhendo da paixão sua semente.

Escura madrugada enfim luzia,

Febris, a iluminar a claridade,

Dois sóis, de negro brilho em tons exóticos.

Bem-vindos, que meu peito já ardia,

Pulsando oculta e vã ingenuidade,

De confundir estrelas com teus olhos.

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