1500-TERNURA E CARÍCIAS-Soneto sáfico-heróico
1500-TERNURA E CARÍCIAS
Soneto sáfico-heróico
Por Sílvia Araújo Motta
Mês de setembro mato a dor da espera!
A decantar paixão, minha alma agora
não quer inverno... canta a primavera!
Não perco a chance! Venho sem demora.
Jamais pensei viver real paquera!
Demorei tanto pra mandar embora
a solidão que esconde triste fera!
Quem tem ventura e paz feliz não chora!
Não fujo mais! Esqueço o tal passado!
Neste presente quero seu momento,
provar do mel, carinhos, só delícias,
sentir na boca o gosto ser amado
no corpo nu, sem mágoa ou sofrimento...
Trago ternura, beijos, mil carícias!
Belo Horizonte, 12 de junho de 1990.
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