SALA DE CINEMA
O tempo, guardião dos meus roteiros,
maneja os implacáveis projetores
que levam, orvalhados pelas dores,
meus olhos adiante, caminheiros.
Nas lágrimas vertidas mensageiros
das cenas onde brilham outras cores
encontram seu suplício, os amargores
da nostalgia agora companheiros.
A executar os seus ritos medonhos,
as horas dilaceram muitos sonhos
porque sessão alguma é repetida.
Na sala de cinema do destino,
apenas na memória rebobino
os filmes que marcaram minha vida...
Jerson Brito