SEDE

SEDE!

JB Xavier

E pagarei, por certo, um preço caro

Ao doce encantamento da ousadia

De querer extrair, como um avaro,

A profunda substância da harmonia...

Os êxtases me invadem se deparo

Num verso, que perdido acaricia

outro verso, perdido, sem amparo

tentando renascer para a alegria!

Sou pobre catador, que tonto e errante

não tem mais borboleta em sua rede

Somente tem o sonho de um instante...

Sou bêbado, bebendo essa magia

Salvando o verso esparso com a sede

De quem bebe mais uma poesia!

JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 07/06/2019
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