Tão real...
Não me ouve o mar, nem os céus ou o inferno
Não importa se eu esteja errado ou certo
A solidão é tão fria e individual.
O mundo é surdo aos meus tolos mistérios
Aos olhos dos outros o sofrer não é concreto
A solidão é traiçoeira e faz tanto mal.
O único jeito de gritar são os meus versos
E por eles o faço mesmo me sentindo mau
Ao combate-la, o resultado sempre é inverso
Como se a solidão me fosse algo normal.
E essa luta muda o meu frágil universo
Entre a essência e a matéria descomunal
Num mundo onde o coração me é perverso
E a solidão me é um ser tão real.