O escravo
Brumas loucas preenchem a ternura,
como castelos perdidos no vento.
Resquício da vida ou pensamento,
erguendo a bandeira da ventura.
Foi no céu onde escreveu sua dor,
em pinceladas de um louco qualquer…
Nítida figura de uma mulher,
na escravatura, que nos dá amor.
Mas foi a vela de uma nau perdida,
macerando o pobre marinheiro;
Em luta desigual, força rendida.
Nas águas calmas, apenas sendeiro.
As brumas a esconderam… É ferida!
Dessa mulher, que foi seu atoleiro.