SONETO 'RIOS DE CHORO'

Alarde do pranto que em meu peito arde

Angústia da saudade que no silêncio invade

Outrora era sorriso que só a lembrança pode

Eu agora me arrependo, porque sei que fui covarde.

O meu canto já não tem sonoridade

Pois a saudade é a ‘pólvora’ que explode

Então a minha vida tonou-se varde.

O meu surto é como a rosa que eclode.

Assim, chorei “rios”, provei, era sal puro.

Diferente doce mel dos beijos dela

Infeliz! Minha escolha, minha falha.

Agora e a vida inteira, chorarei por ela.

Pagarei por esse erro o quanto valha

Viverei sem ela, mas não sei se me depuro.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 03/06/2019
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