RÓSEA, PÁLIDA...
RÓSEA, PÁLIDA...
Oh tardes que derramam luz no fim,
E banham os lençóis d’água desse mar!
São tardes debruçadas nos jardins;
São tardes tão perfeitas para amar!!!
E dançam tantos sonhos dentro, em mim,
Quais valsas que o vento faz cantar;
Olhar a tarde hoje, nos confins,
Aos poucos fenecer e apagar....
Que tarde bela e triste, em paralelo,
Caindo pelos arcos, em amarelo,
Depois vai desbotando rósea, pálida...
E eu, em solidão, assisto a tudo
Enchendo os olhos dágua, inerte e mudo,
Sentindo a minha face ainda cálida...
Arão Filho
São José de Ribamar-MA, 01 de junho de 2019.