SOBRE ÉTER E CONSTELAÇÕES
Se sou tão viciado em mim mesmo
O que me falta senão a morte como homenagem?
E mesmo que uma saudade surja a esmo...
Restará aos demais uma última mensagem?
Na sanidade e contemplação procurei habitar
Contudo nos desvios também fiz temporadas
Deixando meu cálice de excessos transbordar...
Até no crepúsculo assentar inúmeras moradas
Senti mil vidas e vesti mil máscaras senis
Ainda bem jovem corroí a esperança
Dentro dum balaio indigesto de intenções vis
Num eterno aguardo de uma ilógica bonança...
Por isso hoje louvo a todos que às estrelas devotam adoração...
Sem contudo jamais permitirem que seus pés deixem o chão.