Cunhada amada

Vejo que desabrochou a manhã

Tua colcha suja, partida maçã

Pele rubra quão de tua irmã

Mato nela a falta que me é tua

Boa a safra, meu cálice que amarga

Trajando essas vestes que te despes

O meu querer sem maldade destes

Legítima a vontade te afaga

Tu poderias jamais minha amada

Devolver-me o ontem por amanhã

Já estou com meu carro na rua

Lá me vou em vão , ver a vã lua

Ver a noite que nunca se apaga

Rogar que tua irmã fique sã

Lopes Neto
Enviado por Lopes Neto em 28/05/2019
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