NO CHÃO DA MINHA VIDA xxx
Soneto decassílabo
Com meus passos sigo comendo chão
Pela estrada dessa efêmera vida
Sem encontrar pra meu corpo guarida
Sem paradeiro ou qualquer direção
Pras rasteiras que a vida pode dar
Nas curvas sinuosas do caminho
Não atinando ao tal cruel desalinho
Vi toda minha vida desandar
Vou agora o chão da vida degustando
Ao sabor pedregulho mais graveto
E sem mais que nada dela esperando
Emoções vãs em dias obsoletos
Sem qualquer esperança desbravando
Com lágrimas o meu chão eu vou molhando