OUTONO...
Percebo neste ocaso uma tristeza;
Parece até que o Céu perdeu a cor!
Tomara venha a noite em sua beleza,
Repleta de luzeiros e de albor!...
A tarde em seu final é morta, ilesa;
É quérula demais, é sem fulgor...
Espero que esta noite venha acesa,
Com a Lua e as estrelas do esplendor...
A tarde que se esvai atrás da linha
Fenece bem suave, ali, sozinha,
Deixando atrás de si a Luz final....
São tardes que carregam folhas mortas
Nas ruas, nas vielas, pelas portas...
São tardes de um outono sepulcral....
Arão Filho
São José de Ribamar-MA, 20 de maio de 2018.