Soneto
No meu poetar decente
Falo da criança pobre
Que não tem ouro nem cobre
E sofre por ser carente
Vive assim como indigente
Imprecando a classe nobre
E quando o rico a descobre
Não a trata como gente
O cidadão nababesco
Expresso um gesto grotesco
Para a criança carente
A burguesia medrosa
Vê a criança leprosa
Como um monstro decadente