La triste reine bleue

(A Beatriz Uchôa)

Nos fundos báratros mais escuros do mar,

Que por qualquer luz não podem ser alcançados,

Em meio a seus domínios inexplorados

Vive a Triste Rainha Azul a suspirar.

Ninguém neste mundo a pode consolar –

Nem mesmo os seus súditos tão devotados

(Esquálidos peixes de olhos arregalados)

Que vêm a seus pés para tributos prestar.

Seu pranto segue inaudito, borbulhando

Pela escura, imperscrutável vastidão,

Suas lágrimas c'o a água do mar se misturando...

E assim, sem esperança de salvação,

Permanece a Triste Rainha Azul, chorando,

Imersa em trevas e refém da solidão.

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 20/05/2019
Código do texto: T6651671
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