NÃO MAIS...
Farei das letras meus sinais,
E não haverá quem me decifre,
Guardando as coisas boas e más,
Nos meus poemas, embora tristes.
Escondendo nos inícios e finais
Em rimas que parecerão simples,
Noutras os desejos irracionais,
Do que no amor me foram deslizes.
Como quem esconde a partícipe,
Do original pecado e a récipe,
Dos arrependimentos principais.
Tantas letras, praga de cínipe,
Tantas luas, apenas eclipses,
Em quem amou... Hoje não mais.