NÃO MAIS...

Farei das letras meus sinais,

E não haverá quem me decifre,

Guardando as coisas boas e más,

Nos meus poemas, embora tristes.

Escondendo nos inícios e finais

Em rimas que parecerão simples,

Noutras os desejos irracionais,

Do que no amor me foram deslizes.

Como quem esconde a partícipe,

Do original pecado e a récipe,

Dos arrependimentos principais.

Tantas letras, praga de cínipe,

Tantas luas, apenas eclipses,

Em quem amou... Hoje não mais.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 19/05/2019
Código do texto: T6651473
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