AMÉM
Lílian Maial
O fardo que carrega o afável e o clemente
Em toda a trajetória azul, como convém,
A paz obrigatória e o riso permanente
Ocultam, de si mesmos, cálido desdém.
É tanta humanidade em solo penitente,
Que os anjos, de ciúme, o amor fazem refém.
E os ímpios desalmados dançam livremente
No palco, onde a bondade exige o seu vintém.
O ranço generoso alcança o patamar
Dos nobres benfeitores de fé e regozijo,
Que pintam velhas trilhas de caminho novo.
E quem o bloco omisso ousar desafiar,
Que tenha um guardião e um bom esconderijo,
Ou que sucumba à fúria desmedida de seu povo.
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Que os anjos, de ciúme, o amor fazem refém.
E os ímpios desalmados dançam livremente
No palco, onde a bondade exige o seu vintém.
O ranço generoso alcança o patamar
Dos nobres benfeitores de fé e regozijo,
Que pintam velhas trilhas de caminho novo.
E quem o bloco omisso ousar desafiar,
Que tenha um guardião e um bom esconderijo,
Ou que sucumba à fúria desmedida de seu povo.
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