MORTALHA
(Sócrates Di Lima)
Jaz um sonho no ataúde da saudade que retalha
em fragmentos de um amor em sombras
Nele grita a esperança com ecos de mortalha
na funestra lágrima que dos olhos SANGRA.
E na muralha que esconde o medo,
clama a dor sofrida de um amor,
Que morto pelo descaso em degredo,
Putrefa a alma humana em dolor,
E como chora as tardes de outono,
Em lágrimas trazidas pelos ventos,
Que sopram em soluços contidos...
Que desfolha os pensamentos
no seu triste abandono,
Sorri sem o medo dos choros gemidos.