COVARDIA

Ah! Por que deixo voar o pensamento

Ir no passado e buscar tanta saudade

Não sei que não tenho mais idade

De evocar em mim tal sofrimento?

Relembro quanto quis a minha boca

Que esperava da amada um simples beijo

Um sorriso, um olhar, nem isso eu vejo

Fico a pensar que tenho a sorte louca

Sou o culpado de não ter ido perto dela

E ter dito que vivia numa cela

A lamentar por não ter o seu amor

Fui um covarde, agora reconheço

Pois concordei comigo, “não a mereço”

Por isso explode em mim tamanha dor