EXÍLIO (soneto)

A saudade que suspira, separada

Do teu cheiro, nos olhos a chorar

Me vejo, com a dor ali estocada

De um coração sufocado a gritar

Não basta saber que pude amar

Nem só a paixão ter sido alada

As amarguras tomaram o lugar

Dos gestos, a alma está talhada

Na ausência, de teus beijos, dor

As desventuras que fazem sofrer

Me consomem neste torto poetar

É um exílio cheio de amargo clamor

Em ter a emoção distante pra valer

Neste silêncio de não poder te tocar.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

18 de maio, de 2018, 05’30”, - Cerrado goiano.

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 18/05/2019
Reeditado em 30/10/2019
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