UMA ÁRVORE DE CIMENTO
Uma árvore de cimento, a condizer,
Com flor's luzentes numa linda vela,
Numa avenida repleta muito a sofrer,
E um pássaro de aço, voando na tabela.
Passeio da estrada, flor de carne a dizer,
Passando por um jardim de aquarela....
No fundo dum precipicio mesmo por fazer,
Estava no rio, um bonito barco á vela.
Dormiam sossegadas as anémonas do quintal,
Enquanto um carro beija mesmo o seu igual...
E os tripulantes todos mesmo ensanguentados.
Todo o planeta chorava convulsivamente,
A Terra se inunda co'as suas lágrimas inf'lizmente,
De pranto, nestes seus dias mais complicados.
LUÍS COSTA
TERÇA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 2014