MÍSTICO SONETO

Por aqui vejo a arrogância se altivar em cada esquina!

Nas vitrines das vaidades observo emplumações

A falsa supremacia só a subir escadarias...

Nua, fria e tão sozinha rumo ao palco de aflições.

Eu ressinto a miséria da altivez envaidecida

Nas linguagebs de mil almas que fenecem ao derredor

Mas socorro a voz macia da vaidade em agonia

Em meus versos lanço o laço de consolo ao vil algoz.

Ouço vozes do desdém que atravessa as avenidas

Dessa estrada enlameada disfarçada em oração!

Do dragão que lança chamas vejo a face da mentira

E qual Fênix consagrada faço verso em redenção...

À soberba pela Terra a governar em primazia

Um poema de desterro para sua contrição.