SOU UM MARINHEIRO DE ÁGUA DOCE
Sou um marinheiro de água doce,
Que navega num oceano por achar,
Como um vento forte, como se fosse,
a maré alta do nosso verbo amar.
Naquele navio ou caravela, com posse,
Que vai e vem no momento a passar,
Sou um barco á vela cheio de tosse,
Numa ria de flores que quer deslumbrar.
Numa onda submarina que sabe e dança,
Num vulcão que se esfuma e mesmo cansa,
Onde uma ebulição ferve de mui carinho.
Num embarcadiço da minha aventura,
Que desagua num afluente de ternura,
Num Universo, duma vida deste ninho.
LUÍS COSTA
TERÇA-FEIRA, 16 DE SETEMBRO DE 2014
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