Soneto teu calar

O calar de sua timidez

Impede-me de ouvir a doce voz

Falar com os olhos é um dom

Poderei teu olhar entender?

Aonde vão teus passos

Quando bailas ao cair do sol?

Para qual Deus a brisa leva

O perfume em teus cabelos?

Esta noite acarinharei teu singelo rosto

E as incertezas sumirão com o cair do choro

E o calar de sua timidez.

Olhar-te-ei no navegar de ondas calmas

Descansarás teu sentimento em meu abraço

Sumirá, enfim, o calar em seu coração.