Mea Culpa

Carrego a culpa de um momento,
Oculto, suplantado por sentimento,
Uma mão segura o peito, quando da partida,
Outra, balouça triste em aceno de despedida.

Beijos lânguidos; agora, eu aqui sem você,
Pensei que podia aos poucos te esquecer,
Não posso, resta o coração à sua mercê,
Sua face, não cesso de entrever.

A despedida é uma amiga fiel,
Lembrança que consola o pobre menestrel,
Epopeia narrada em obra de cordel.

Restam as vertidas lágrimas salgadas,
Queimam as memórias como feridas,
Gotejam impunes sobre vidas partidas.


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Marcus Hemerly
Enviado por Marcus Hemerly em 13/05/2019
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