dez de novembro
Oh, noite de Visões! Oh, Vórtices fatais,
Soluços e soluços entre as orações...
Vagas vidências — místicas revelações,
Satânico sonambulismo tão voraz...
Oh, Selo cancerígeno da negra Paz,
Arcano-mor dos mais incestuosos dons...
Oráculo encarnado em véus de convulsões
Que surge com três rubros olhos canibais...
... E não há nada que exorcize o teu nefando
Presságio que vem vindo, em névoas de má sorte,
Como uma atroz sentença a mim se aproximando...
E não há nada que alivie ou me conforte
Do sacrossanto Salmo a mim se revelando...:
“Dez de novembro — o dia, enfim, de tua morte!”