SONHOS DE PAPEL
Um dia, ela chegou tão de repente,
Com ares de quem fosse tão fiel,
E eu me entreguei assim tão inocente,
Achando que a terra fosse o céu.
E, então, ela me amou tão docemente,
Como se eu fosse assim como um troféu,
E eu me entreguei perdidamente
Aos seus amáveis sonhos de papel...
Mas, um dia, ela me disse friamente,
Que não me amava mais, tão displicente,
Como se o meu amor fosse um labéu...
E, um dia, ela se foi tão renitente,
Transformando meus risos simplesmente
Num temporal de lágrimas de fel.