NADA ALÉM...
Nada além do desespero...
O silêncio em zumbidos...
E não adianta fechar meus olhos...
Pois a mente vai em grunhidos.
Vomitando todo o destempero...
Tudo que é, deveras, gemido...
E neste pesar apenas recolho...
O que posso aos poucos sumindo.
Nada além dos míseros riscos...
Da criatura e dos pobres rabiscos,
No que já foi chamado de chama.
Nada além, nada mais eu arrisco...
Pois jaz aquele coração arisco,
Tão frio, mas que ainda te chama.