NADA ALÉM...

Nada além do desespero...

O silêncio em zumbidos...

E não adianta fechar meus olhos...

Pois a mente vai em grunhidos.

Vomitando todo o destempero...

Tudo que é, deveras, gemido...

E neste pesar apenas recolho...

O que posso aos poucos sumindo.

Nada além dos míseros riscos...

Da criatura e dos pobres rabiscos,

No que já foi chamado de chama.

Nada além, nada mais eu arrisco...

Pois jaz aquele coração arisco,

Tão frio, mas que ainda te chama.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 12/05/2019
Código do texto: T6644983
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