OH, MINHA MÃE !

OH, MINHA MÃE !

I

Nos carregou no colo Morro abaixo,

2 "fardos" pesados -- em qualquer clima --

roupa bem cuidada, sem "esculacho"...

volta a subir, de noite, Morro acima !

I I

Eis que, nos meus rompantes, filho macho,

lhe destinei mais "pedras" do que estima...

por vezes me excedi (agora, eu acho !)

num Passado cruel, que se lastima.

I I I

Só lhe dei aspereza e má-vontade

pra retribuir carinho e bondade

desta mãe com tão nobre coração

I V

e, hoje, que se foi toda a alegria,

lamento -- cheio de melancolia --

não ter sequer pedido seu perdão !

"NATO" AZEVEDO

(7/maio 2019, 10hs)

OBS: "de saudade se vive, / de

saudade se morre"... dona "Maria"

APOLÔNIA DE MORAES partiu

aos 92 anos, em 25 de julho (ou

junho ?) de 2005, em Belém.