ME CONCEDE ESSA DANÇA?

Amparo-me apenas nas lembranças,

Como forma de carinho e adeus,

Fonte tão ambígua e branda,

De quem ao amor se prendeu.

Porquê? Dizei-me, oh, Deus!

Porque ela ainda me alcança?

Se tudo mais se perdeu,

De que me serve a esperança.

A visão daquelas tranças,

A sensualidade das franjas,

Junto a um olhar não meu.

Será que o amor se cansa?

Fazendo parte dessa dança,

A dança que não me concedeu.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 07/05/2019
Código do texto: T6641655
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