ME CONCEDE ESSA DANÇA?
Amparo-me apenas nas lembranças,
Como forma de carinho e adeus,
Fonte tão ambígua e branda,
De quem ao amor se prendeu.
Porquê? Dizei-me, oh, Deus!
Porque ela ainda me alcança?
Se tudo mais se perdeu,
De que me serve a esperança.
A visão daquelas tranças,
A sensualidade das franjas,
Junto a um olhar não meu.
Será que o amor se cansa?
Fazendo parte dessa dança,
A dança que não me concedeu.