DOMICÍLIO DA SAUDADE
DOMICÍLIO DA SAUDADE
Silva Filho
Minha saudade nômade (errante)
Segue por aí sem domicílio
Leva um poema que se diz idílio
Percorrendo trilhas dum quadrante.
Sendo assim uma saudade itinerante
Nenhuma bússola quer lhe dar auxílio
Não tem mochila e nem utensílio
Porque saudade é algo alucinante.
Quem já foi pela saudade açoitado
Sabe que não tem destino errado
Para quem segue a lugar nenhum.
Sendo momento de alucinação
Só no quadrante de um coração
A saudade vai fazer um desjejum.