VÍTIMAS DA ESCRAVIDÃO

Pelo fato do meu senhor ser muito bronco,

Eu fui levado a força para aquele tronco

e levei chicotada atrás de chicotada.

Escravo, por acaso acha que é gente?

Como ousa querer ser pretendente

Do coração da minha filha amada?!

E o que me deixa muito estupefato

É que ela se apaixonou por você.

Agora o que faço? Não há o porquê

De manter um romance tão insensato!

Vocês demonstraram total falta de sorte

Ao se gamarem; gerando tal estranheza.

Logo, a desajuizada ficará - com certeza -.

Num convento; e eu lhe sentencio a morte.

O FILHO DA POETISA

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 05/05/2019
Reeditado em 05/05/2019
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