Insanidade
Amo uma mancha Láctea sem forma
Massa estelar em via de condensação,
Mudando a cada momento, a toda hora,
Envolvendo e corroendo o meu pobre coração.
Quero gritar para o mundo que amo
Mas... a quem? O grito volta para mim
Não consigo reagir e apenas clamo
Ao céu, ao inferno pra que venha logo o fim.
Corro e procuro com sofreguidão abraçar
O vulto nebuloso que sombrio se afasta
E desesperadamente ainda tento alcançar...
Vapores densos se transformam num cinzento fio
Na garganta morre sufocado um basta
Em total insanidade abraço o vazio...