AMO-TE, MUITO TE AMO.

Mais uma das séries de sonetos.

Oh! Dor ingrata que me alucina

Dor que cada vez mais me consome

Dor que quanto maior mais me fascina

Dor que não há nada que lhe dome.

É paixão de u’a miragem divina

E ainda que por louco alguém me tome

Reagir não posso, pois me domina.

E ao queixar, só murmuro teu nome.

Oh! Paixão que mais e mais se inflama

Paixão em que é fogo a arder em chama

Paixão sofrida, mas não reclamo.

Pois ainda que tu mais me disseres

Que ainda não me amas e não me queres

Eu direi que te amo, te amo e te amo...