Mal-me-quero

Quero o silêncio, que, há muito, acompanha

Noites tão frias sem lua no céu

Quando o sorrir em seu pranto se banha

Indo-se em lágrimas, duras, ao léu

Quero o sofrer dessa dor que me arranha

O coração, se fazendo cruel

Quando minh’alma me deixa as entranhas

Indo-se embora no amargo do fel

Nada me resta senão meu pesar

Vendo sumir meu mais doce sorriso

Tarde da noite pra não mais voltar

Em meu chorar, onde, enfim, agonizo

Última vez que me dou meu amar

Quando essa dor nesse verso eternizo

Vitor do Carmo Martins
Enviado por Vitor do Carmo Martins em 01/05/2019
Reeditado em 01/05/2019
Código do texto: T6636643
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