SUBSOLO DO POEMA

SUBSOLO DO POEMA

Silva Filho

O subsolo do poema é real

Verdadeiro depósito d’emoções

Um escrínio de nobres intenções

Uma mina que não tem mineral.

Um garimpo sem o barro terreal

A verve assumindo as instruções

O poeta dentro das escavações

Pensando em compor seu cabedal.

Quem não garimpa não encontra o verso

É caminhar pelo sentido inverso

Ignorando o convite da magia.

Na poesia não se tem limite

Seja plasmada por simples grafite

É uma força incomum que desafia.