A construir quadros - soneto
Olhar infinito fixado ao quadro que se vislumbra.
Encaixilhado e semitonados com cores magicas
Onde pincéis deslizam a desenhar o exposto
Natureza em perfeição se oferecendo aos olhos
No requintado quadro aguas em abundancia
Deslizam para a areia para repousar na tarde
Aquietada mansas e sem prenúncios floreiam
Para o vislumbra mentos de olhos que assiste.
Nesta purificada tarde a solidão é espantada
Movida para a cegueira de quem não deve ver
Ficando pincéis a dar o arremate puro delicado.
Desta maneira meus olhos cansados e ofuscados
Pelos anos que correram. Guardam simplesmente
A beleza brilhante dos pincéis a construir quadros.