Fiordes
E navegar por entre os teus fiordes
Quando chegar a noite, ao cair da tarde
E nas tuas canções eu sou teu lorde
Melodias do desejo onde o pejo arde
O singrar o teu rio ao som de acordes
Quando entregue ao ocaso e sem alarde
É o ritmo que me arranha, bate e morde
Que ama e afaga e que nele o céu me guarde...
Nas correntezas fluo à toda sorte
De sofrer no fogo, águas, terra e ar
Que o teu rio me leve, me transporte
Às ilhas d' um amor, lá onde não
Possam os ventos da dor me alcançar
Nas profundezas do teu coração...