NÓ(S)

Segredos confessados por teus olhos

vermelhos, feito agonizantes sóis.

Poentes. Rastilho a peitos paióis,

casamata para sonhos e imbróglios.

Mágoas que se tomadas por lençóis

aquecem o frio inverno que escolho.

Cativa das memórias que recolho,

testemunha ao que um dia fomos nós.

Nós, que não eu e você, mas górdios obstáculos

que insinuantes, lançam seus tentáculos

aos fracos, dependentes do perdão.

Sufocada, aguardando pelo dia,

que sábia, por saber o que sabia

ante olhos delatores, direi não!

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 27/04/2019
Código do texto: T6633453
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