NÓ(S)
Segredos confessados por teus olhos
vermelhos, feito agonizantes sóis.
Poentes. Rastilho a peitos paióis,
casamata para sonhos e imbróglios.
Mágoas que se tomadas por lençóis
aquecem o frio inverno que escolho.
Cativa das memórias que recolho,
testemunha ao que um dia fomos nós.
Nós, que não eu e você, mas górdios obstáculos
que insinuantes, lançam seus tentáculos
aos fracos, dependentes do perdão.
Sufocada, aguardando pelo dia,
que sábia, por saber o que sabia
ante olhos delatores, direi não!