Só mais um sujeito comum
Encontro-me num impasse, para variar.
Todavia, convencida que é minha musa,
Mais do que imediatamente ela me usa,
Ciente que não ouso, à toa lhe contrariar.
Permito seus desígnios, não há escusa;
Trama ardilosa e complexa de desenrolar,
Um arranjo que não conseguirei arranjar,
Talvez fruto da minha disposição obtusa.
O olhar doce, oculta o aspecto matreiro,
Num revés perigoso, porém, corriqueiro.
Deste modo não chego a lugar nenhum,
Fico estagnado, encarcerado no nada,
E não sei se ela é ninfa, bruxa ou fada,
Só sei que sou mais um sujeito comum...