Conte-me um conto como canção.
Partindo então de si toda estória,
Ao abrigo de uma plena emoção.
De ti todo conteúdo da memória.
Que me faça à palavra o recanto.
Para oferecer-me assim as musas,
E ao mistério ofereça o pranto,
Subtraindo da alma todo espanto.
Porque a ti oferecerei toda verve.
Por todo delírio do débil verbo,
Infiel a lógica, mais do que deve.
E então traçar o soslaio enfim,
De todo esse amor que eu tenho.
Atravessado no meu coração.