Conte-me um conto como canção.

Partindo então de si toda estória,

Ao abrigo de uma plena emoção.

De ti todo conteúdo da memória.

 

Que me faça à palavra o recanto.

Para oferecer-me assim as musas,

E ao mistério ofereça o pranto,

Subtraindo da alma todo espanto.

 

Porque a ti oferecerei toda verve.

Por todo delírio do débil verbo,

Infiel a lógica, mais do que deve.

 

E então traçar o soslaio enfim,

De todo esse amor que eu tenho.

Atravessado no meu coração.

 

 

Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 22/09/2007
Código do texto: T663263