Soneto central

Quanto ao pesar que possa esconder o teu olhar

Das reminiscentes notas de tuas lembranças

Que descrevem os fantasmas que nesta noite venham a te assolar

Não encontrarás junto a eles nenhuma semelhança

Doce criatura sem lar

Que de sua poesia fez sua morada

Espera pacientemente senão por outro par

Que o torne feliz em novíssima boa aventurança

Aguarda ansioso o trem chegar

Na estação central de tua esperança

Porém, não sabe qual destino tomar

Para outra vez consigo firmar nova aliança

Oh, eremita solitário

Viola mais uma vez o tratado de não contar

As perdas muitas que escreve nos versos que és signatário

O mesmo desapontar de suas lembranças.