Amor, Chama Que Arde
Se um dia teu amor afrouxa os laços,
Não mais ressente tua ausência,
Por um nada perde a paciência
E já se nega a um simples abraço,
Nesse coração não há mais espaço,
De sentimento não há mais carência.
Um triste final. Como consequência,
A dor e a tristeza do fracasso.
Dizem que o amor é imortal,
É chama ardente que nunca falha.
Que é para sempre e nada é igual.
Então não foi amor, era paixão,
Que se consome qual fogo de palha,
Deixando tisnado o coração.
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Interação ao poema CATASTRÓFICO AMOR ATEMPORAL, do poeta
fcunha lima.
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Como tem acontecido aqui, o poeta fcunha lima não deixa nada sem
resposta:
=RESTO DE CEIA=
Amor chama que arde, ou que ardia,
Vem da paixão que logo nos rodeia,
Brincando de querer quando campeia,
Querendo ser alguém no dia a dia.
Amor chama que hoje é agonia,
É como resto final de uma ceia,
O tempo passa e vira coisa feia,
Sem vontade, desejo ou alegria.
Será que nunca foi amor de fato,
Terá apenas sido um retrato,
Daquilo que simplesmente se queria.
Agora tão somente o que resta,
É resto de paixão pra nada presta,
Uma transformação, que angustia.
Confirmando os pensares do Mago Jota. 24-04-19. Fernando cunha lima.
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Falar de amor mexe com os brios do poeta Piauiense Armengador de Versos, um eterno apaixonado, que aqui também deixa sua interação.
MORTO VIVO
Se me deixasse minha musa um dia,
Acaso deixaria eu de viver?
Seria uma costela sem querer,
Arrancada-me sem anestesia.
Essa maldita dor não passaria
E por mais que eu tentasse esquecer,
Mil demônios fariam reviver
A dor, para aumentar-me a agonia.
Um desconforto imenso haveria,
Resistindo a morte em catalepsia,
Zumbi d'olhos abertos, mas sem ver.
Assim eu estaria condenado,
Perambulando de um pra outro lado,
Morto vivo, ou viver só por viver.
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Finalmente, a competente poetisa Luna Lustosa também nos deu a honra desta bela interação.
Cinzas do amor.
Do amor que em nós ardia
Chama acesa que fulgia
Cintilam almas frias e vazias
Corpos sem desejos e alegrias.
Outrora amantes intensos...
Desejos inconfessáveis, incandescentes
Vivendo o melhor da existência
Mas, o tempo roubou-nos a essência.
Restou o afago do doce fracasso
Da paixão que já não incendeia
Restos de um amor que virou coisa feia
E, só a solidão que em nós campeia.