Intratável e Fastidioso
Que execrável marasmo, maldito tédio;
Sinto este simbiótico e desprezível ócio,
Do qual me chafurda num humor indócil,
E incita a difusão deste ignóbil assédio.
De que me aufere solstício ou equinócio?
Intoxicado de acrimônia, não há remédio,
Se ao menos me entoassem o epicédio,
Eu estaria bem sendo um assertivo fóssil.
Num invasivo, factível e fastidioso fartum,
Previsível, não me gera equilíbrio algum,
Ao contrário, assassina o pressuposto
Ânimo. No entanto, o silêncio sepulcral,
Fagulha para a inspiração em potencial,
Lampeja diante do meu ominoso rosto.