SONETO 139
Eu quero em Plutão dançar a última valsa,
E na Terra abandonar toda a velharia,
Pois, os românticos só fazem amor em escuridões de plena vergonha.
Os teus olhos tem o ouro que mata em ultravioleta,
Doce menina de riqueza na Lua o meu talismã, minha muiraquitã,
Pois, no escondido e sombrio fêmeo de tua calcinha mora a Tarântula.
Os teus belos seios das cores da tâmara,
Ao curioso amor que como faro de bicho me torno um tamanduá,
Cruzando os sexos na cama das poesias em telepatia.
A tua boca Ó mulher onde sai palavras perigosas em tentáculos,
Meu sonho é descrever as perfeições do amor de teatrólogo,
Cada verso é uma conta do rosário à paixão do tato,
O meu amor mora no Sol queimando à prata do termômetro.
Eu imagino que bons namorados são confessos e sensíveis tietes,
Ao prazer dos sonhos perdidos em Urano perfume de toalete,
Vamos nos beijar na praia em cada raro momento sem nossa tolice,
Enquanto o medo de dizer-te que amo, eu crio nessas divagações meu topete.
Meus sentimentos são palavras jogadas em Júpiter deus sádico,
Na dança única e maravilhosa do sacramento,
Pois, nívia garota da doçura teu beijo me faz sadio,
É em Plutão no horror do desconhecido teu, meu amor, sagrado.
Teus olhos são verdes castanhos de pura ousadia sarcástica,
Teus belos seios arfantes é um rubro oceano macio e salgado,
Teu umbigo guarda a Lua em todas as suas fases de feminino sedoso,
Eu farei amor contigo e o calor do teu corpo dá faniquito em robô ser desalmado de um amor.