SONETO 140

Cai tantas lágrimas desta vida um curinga,

E me perco no tempero da tua alma minha arte culinária,

Pois, o amor é uma ignorância cheia de rica cultura.

Meu espírito treme de sonhos e alegria deste arco-íris minh'alma daltônico,

Todas as diletas belezas numa mulher de Damasco,

Ao arribar perfume exótico jasmim do feitiço doído declínio.

Verás que o amor escolhe uns e aos apaixonados, desagrado,

Como uma suspensão de forças a nos arrastar um ao outro no sentir empírico,

Porque todo carinho no mistério de duas almas é um nobre empenho.

O teu cheiro de mulher me dá água na boca, pois ti desejo feito empada,

O prazer da adoração oculta a Pan é um soneto profano entusiástico,

Como viver a vida de tua vida aos prazeres das trevas num umbral escrito?

Minha amada empada de minha fome, em tantas palavras do ego em mim à ditar-me esse viver falso.

Minha vida subindo uma escada de acordar no mesmo sonho o farrapo,

Cai tantas lágrimas desta face ao meu prato o fermento,

De explosões do próprio sabor aos lenções do amor, garota do solado felpudo,

Esse desejo de contemplar na última hora o Paraíso, em que os demônios são vítimas do nosso feitiço.

Minha alma fremida por tua atração,

Como uma música que nos desenha em bela atuação,

Ao meu morrer de um suicídio em encantos do místico em admiração,

Ó mulher de perfumes, belezas e pecado do demônio são.

É o mel que me arrasta ao caldeirão de fingido mago,

Comendo todos os manjares do rei padeço caído por um marisco,

Em tão anormalidade do prazer que termina em mil luas de onírico maneiro,

Por tua formosura Ó sereia da fragrância da empada nua, gozo em ti um terremoto.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 20/04/2019
Reeditado em 23/04/2019
Código do texto: T6628138
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