Fravashi

(A Dinah Punskowski)

Nas horas mais negras de minha solidão,

Quando os azulados demônios do pesar

Vêm, cheios de petulância, me relembrar

Que estou fadado a flamejante danação,

Do fundo de meu macerado coração

Teu retrato, tão caro a mim, venho a tirar,

E ouso teu nome tão doce murmurar

Em meio às ternas lágrimas da devoção!

E quando sinto tua presença me envolver,

Das agonias de meu sofrimento infindo

Posso, mesmo que brevemente, me esquecer...

Meu gentil anjo da guarda, tão casto e lindo!

Talvez não possas impedir-me de morrer,

Mas, graças a ti, posso fazê-lo sorrindo!

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 20/04/2019
Código do texto: T6627996
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