Fravashi
(A Dinah Punskowski)
Nas horas mais negras de minha solidão,
Quando os azulados demônios do pesar
Vêm, cheios de petulância, me relembrar
Que estou fadado a flamejante danação,
Do fundo de meu macerado coração
Teu retrato, tão caro a mim, venho a tirar,
E ouso teu nome tão doce murmurar
Em meio às ternas lágrimas da devoção!
E quando sinto tua presença me envolver,
Das agonias de meu sofrimento infindo
Posso, mesmo que brevemente, me esquecer...
Meu gentil anjo da guarda, tão casto e lindo!
Talvez não possas impedir-me de morrer,
Mas, graças a ti, posso fazê-lo sorrindo!