TÁBUAS E TÁVOLAS

Quanto de dor já escorreu nas frestas

Quanta coragem foi ali bradada

Quanto de lágrimas já foi derramada

Por entre as tábuas que aqui nos emprestas?

Quantos momentos de folguedos festas

Quantas vitórias ali declamadas

Quantas paixões quão tórridas noitadas

Quantas tramóias tramas desonestas?

É testemunha a mesa e suas tábuas

Do ser humano que acumula mágoas

E a impregna com a sua dor...

Porém não raro deixa ali gravados

Comuns vestígios dos apaixonados

Os mais bonitos versos de amor...

(Ouvindo o bom “Fado das Mesas de Taboas” na, ainda melhor, companhia do Mestre fcunha lima.)

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Stelo Queiroga
Enviado por Stelo Queiroga em 19/04/2019
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