TÁBUAS E TÁVOLAS
Quanto de dor já escorreu nas frestas
Quanta coragem foi ali bradada
Quanto de lágrimas já foi derramada
Por entre as tábuas que aqui nos emprestas?
Quantos momentos de folguedos festas
Quantas vitórias ali declamadas
Quantas paixões quão tórridas noitadas
Quantas tramóias tramas desonestas?
É testemunha a mesa e suas tábuas
Do ser humano que acumula mágoas
E a impregna com a sua dor...
Porém não raro deixa ali gravados
Comuns vestígios dos apaixonados
Os mais bonitos versos de amor...
(Ouvindo o bom “Fado das Mesas de Taboas” na, ainda melhor, companhia do Mestre fcunha lima.)
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