SONETO 145
Quão prazer de ti nas sombras
Paixão que me arrasta nas ondas
As delícias de teu perfume em todas as camas.
Esse respirar de tensão é um cântico
Vivo no meu corpo cada carinho santo
Eu ti desejo ao sagrado sabático profano.
Cada deserto do meu sofrer
Ao mel de tua boca o prazer percorrer
Viva a labareda as minhas aflições ó vem socorrer.
Sei que os deuses guardam teu corpo
Mas minhas aspirações me deixam morto
É tua espiritual essência em mim gótico
As labaredas da quimera de Adonis mito sólido.
Eu desejoso te ofertaria a rosa mais bela
Eu poderia vencer e perder todas as guerras
Eu poderia ser martíre e alvejado por uma flecha
Mas, se tudo for para perder-te eu prefiro-te casta, Ó Luna.